Squadra Azzura!

Estou há quase uma hora para ver se me sai algo de digno de uma final de um campeonato do mundo. Antes de vos falar desse derradeiro jogo que decidiu o vencedor, é preciso não esquecer o jogo de ontem em que Portugal perdeu por três bolas a uma contra o anfitrião, a Alemanha que neste mundial esteve fantástica tanto desportivamente como em termos de organização e acolhimento.

No Olímpico de Berlim cerca de setenta mil espectadores assistiram logo aos 7 minutos “Zizou” a por os gauleses em vantagem através de uma grande penalidade executada à “panenka”. “Foi sol de pouca dura” a vantagem francesa pois aos 19 minutos, Marco Materrazi, o “carniceiro” como é conhecido em Itália, restabeleceu a igualdade com um poderoso golpe de cabeça que sossegou não só os milhões de italianos, mas também milhões de portugueses que ansiavam pela derrota de Domenech e seus pupilos.
O jogo quase sempre equilibrado, foi para prolongamento com uma ligeira supremacia italiana, contudo Zidane ia fazendo das suas, e com um ou dois toques de talento ia pondo em sentido a baliza à guarda de Gianluigi Buffon.

Quando os “bleus” começavam a ter algum controlo sobre a partida, o mesmo Zidane, talvez o melhor jogador dos últimos dez anos, é expulso após um acto irreflectido ao agredir com a cabeça Materazzi. A partida dirigiu-se então para o desempate nas grandes penalidades onde Fábio Grosso confirmou a quarta vitória dos italianos em campeonatos do mundo, pondo toda a península itálica em verdadeiro alvoroço.


No final, o vencedor, é justo, mas é preciso não esquecer o grande mundial que a França faz, começa mal, mas acaba de cabeça erguida, como um justíssimo segundo classificado que poderia ter chegado ao primeiro!

Estranho, ou não, que acaba por ganhar o torneio é uma equipa que está envolvida num grave escândalo de corrupção desportiva onde parte dos jogadores estão envolvidos (Buffon, Zambrotta, Cannavarro, Del Piero, Camoranesi, Toni, Inzahgi, Pirlo, Gattuso, Oddo e Peruzzi), aqui é preciso premiar o trabalho de um “Mago” do futebol italiano, Marcelo Lippi, antigo treinador da “vechia signora” conseguiu manter um grupo unido tal como Klinsman na Alemanha ou Scolari em Portugal…No fim, a capacidade técnica e defensiva dos transalpinos aliado a uma profundidade no plantel, só por exemplo todos os avançados da selecção marcaram pelo menos um golo, fizeram com que a “Squadra Azzura” sucedesse ao Brasil!