""Soccer doesn't revolve around the world, the world revolves around soccer""*
Nou Camp, Barcelona 26 de Maio de 1999,
David Beckham olha para a área, tal como tinha feito dois minutos antes, bate o canto…O gigante Peter Schmeichel volta a estar na área, o suplente Sherigham ganha de cabeça e dá para o norueguês Ole Gunnar Solsjaer que sem oposição atira para a baliza do desamparado oliver kahn e…o impensável aconteceu: 98 mil almas no estádio gritam GOLO!!! Os “red devils” de Manchester viram um jogo que até aos descontos estava 1-0 para o poderoso Bayern de Munique! Em dois minutos o pesadelo assolou os bávaros, as lágrimas começaram a escorrer nos jogadores alemães, do outro lado a festa dos ingleses que ainda incrédulos festejavam efusivamente a repetição do sucesso de 68.
Qual o significado desta pequena “estória”? Este jogo, esta final europeia considerada por muitos como a mais emocionante das 50 que já se realizaram marca a reviravolta mais espectacular da história do futebol, mas também um marco emocional para um miúdo de 10 anos que incrédulo viu jogo que considerava entregue ser ganho por Beckham, Giggs , Neville e companhia.
Para além da maneira, como me marcou, é também um exemplo claro da emoção, da imprevisíbilidade, da magia do futebol. O que explica as lágrimas de milhões de brasileiros na final do campeonato do mundo em 1950? Ou as lágrimas de Cristiano Ronaldo e dos milhões de portugueses na final do campeonato da Europa em 2004? O que aproxima franceses e argelinos? O que afasta (ainda mais) brasileiros e argentinos, portugueses e espanhóis? O que faz um grupo de homens de classe média inglesa retirar os seus fatos com que andam no dia-a-dia e vestir a camisola dos seus clubes preferidos e ir gritar para o estádio (e dirigindo-se para o arbitro): “é falta ó ladrão, filho da p…”?
Partindo da ideia central do filme de Alejandro González Iñárritu, Babel, não há línguas nem nacionalidades no futebol moderno, pode haver rivalidade nas selecções, mas os clubes primam hoje pela multi-culturalidade e multi-nacionalidade dos seus jogadores. São a imagem da globalização, fenómeno económico, cultural e ideológico que se propagou pelo mundo, é típico vermos num clube de futebol, como o Benfica (não é preciso ir mais longe) um guarda redes português, um defesa brasileiro, um médio dos camarões, um extremo norte-americano ou um avançado chinês. Incrível, não?
Para terminar esta mini-dissertação sobre o futebol deixo esta belíssima frase de Johan Cruijff: “Soccer is simple, but it is difficult to play simple. ” ….
* frase de Alf Ramsey ex-seleccionador inglês
David Beckham olha para a área, tal como tinha feito dois minutos antes, bate o canto…O gigante Peter Schmeichel volta a estar na área, o suplente Sherigham ganha de cabeça e dá para o norueguês Ole Gunnar Solsjaer que sem oposição atira para a baliza do desamparado oliver kahn e…o impensável aconteceu: 98 mil almas no estádio gritam GOLO!!! Os “red devils” de Manchester viram um jogo que até aos descontos estava 1-0 para o poderoso Bayern de Munique! Em dois minutos o pesadelo assolou os bávaros, as lágrimas começaram a escorrer nos jogadores alemães, do outro lado a festa dos ingleses que ainda incrédulos festejavam efusivamente a repetição do sucesso de 68.
Qual o significado desta pequena “estória”? Este jogo, esta final europeia considerada por muitos como a mais emocionante das 50 que já se realizaram marca a reviravolta mais espectacular da história do futebol, mas também um marco emocional para um miúdo de 10 anos que incrédulo viu jogo que considerava entregue ser ganho por Beckham, Giggs , Neville e companhia.
Para além da maneira, como me marcou, é também um exemplo claro da emoção, da imprevisíbilidade, da magia do futebol. O que explica as lágrimas de milhões de brasileiros na final do campeonato do mundo em 1950? Ou as lágrimas de Cristiano Ronaldo e dos milhões de portugueses na final do campeonato da Europa em 2004? O que aproxima franceses e argelinos? O que afasta (ainda mais) brasileiros e argentinos, portugueses e espanhóis? O que faz um grupo de homens de classe média inglesa retirar os seus fatos com que andam no dia-a-dia e vestir a camisola dos seus clubes preferidos e ir gritar para o estádio (e dirigindo-se para o arbitro): “é falta ó ladrão, filho da p…”?
Partindo da ideia central do filme de Alejandro González Iñárritu, Babel, não há línguas nem nacionalidades no futebol moderno, pode haver rivalidade nas selecções, mas os clubes primam hoje pela multi-culturalidade e multi-nacionalidade dos seus jogadores. São a imagem da globalização, fenómeno económico, cultural e ideológico que se propagou pelo mundo, é típico vermos num clube de futebol, como o Benfica (não é preciso ir mais longe) um guarda redes português, um defesa brasileiro, um médio dos camarões, um extremo norte-americano ou um avançado chinês. Incrível, não?
Para terminar esta mini-dissertação sobre o futebol deixo esta belíssima frase de Johan Cruijff: “Soccer is simple, but it is difficult to play simple. ” ….
* frase de Alf Ramsey ex-seleccionador inglês
Labels: cala-te pá, sentimentalismos baratos
1 Comments:
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