Thursday, February 23, 2006

"Opitozulado"


Aproximamo-nos de uma altura do ano em que se dizem e fazem muitas coisas que me suscitam um vontade quase incontrolada de rir. Não, não é do Carnaval que me referiu mas sim ao próximo Benfica – Porto que vamos ter oportunidade de assistir no domingo na Sport Tv.

Digo que esta época é propícia a muita controvérsia já que desde que me lembro assisto episódios hilariantes com os protagonistas do espectáculo. Para começar vou recuar uns anos, quando Paulinho Santos, esse mítico jogador azul e branco, e João Pinto, o menino deoiro encarnado, se envolvem numa cena de pancadaria que rivaliza com a dentada do Mike Tyson ou com o olho negro do Artur Jorge quando teve a brilhante ideia de deixar o Sá Pinto no banco. Todavia não e só de memórias distantes que se faz o “clássico”, na época transacta assistiu-se a um rol episódios tanto de ridículos como de recambulescos. Desde uma arbitragem algo duvidosa do Sr. Olegário Benquerença ao celebre discurso do Sr. José Veiga, que é já um marco importante nos discursos dos grandes lideres do século XXI, onde este afirma categoricamente que não gosta de champanhe e que não bebe champanhe para além de ter avisado educadamente o Sr. Pinto da Costa para o Porto ter que ter cuidado com o “pitoazulado” já que o “pitodourado” andava a pôr todos os dirigentes desportivos do norte em polvorosa…Não sei o que quis dizer com tão sapientes palavras mas acredito piamente que terão um sentido que transcende à maioria da população.


E qual é o porquê da maioria das disputas nestes jogos? A arbitragem. Pois é, tantos anos depois dos primeiros casos, das viagens ao Brasil para o Sr. José Pratas Jacinto Paixão e companhia, a arbitragem continua a ser tema quente em Portugal e no mundo…
Continuam a ser alvo dos maiores insultos, os árbitros de futebol são, sem dúvida, a profissão que menos respeito social têm. Mesmo considerando a falta de integridade de alguns dos “homens do apito” creio que na maioria dos casos as más arbitragens se devem a erros humanos e não a pressões, dinheiros, influencias etc como muito defendem. È certo que muitos clubes são beneficiados e muitos outros prejudicados mas quando existe um fora mal assinalado que dá origem ao livre que por sua vez dá canto que dá o golo da equipa adversária há quem exclame “LADRÃO o fora que deu o livre que deu o canto que deu o golo, foi mal assinalado, QUE ROUBO”. Quando vejo situações destas, talvez não tão exageradas, apetece-me rir! O que seria o futebol sem um penaltizinho duvidoso ou um cartão mal mostrado? Seria só uma parte do espectáculo, seria o fim do Show-de-bola, da bancada central, do jogo falado das longas discussões de café onde se repete até à exaustão que o remate do Petit é golo claríssimo e que o Benfica só perdeu porque aos 12 minutos roubaram um penalty…
È a vida, os árbitros como humanos tem o direito de falhar, tal eu e todos nós incluindo o Mourinho (que só fala quando lhe convém) falhamos, agora é necessário que a “terceira equipa”esteja bem preparadas de modo a evitar “casos” polémicos.



Todos nós já nos sentimos injustiçados pelo árbitro e todos nós já fomos injustos para com ele, quantos de nós não criticaram veementemente o fiscal de linha que assinalou penalty na mão do Abel Xavier? Hoje, quase seis anos depois, admito que errei e que fui extremamente injusto já que foi de facto mão na bola. Na altura conjecturei mil e uma teorias da conspiração onde o pobre eslovaco estava a soldo da UEFA que queria a todo o custo uma final Holanda – França. Triste pensar assim, triste de quem a todo o erro do trio de arbitragem, logo vê um complot para “tramar” o seu clube ou para beneficiar o rival. Há que erradicar, tal como o racismo e a violência, este tipo de comportamentos. Há que erradicar homens como o senhor José Veiga ou senhor Pinto da Costa que aproveitam as suas posições para inflamarem a opinião pública contra o homem do apito…



Para terminar relembro a todos a história, de Anders Frisk, o árbitro do último Barcelona-Chelsea que após as declarações de Mourinho, que o acusa de parcialidade e de o ter visto a falar com o treinador “culé” no intervalo do dito jogo viu-se obrigado a abandonar o futebol derivado ao facto de a sua família ter sido vítima de ameaças de morte por parte adeptos (fanáticos) “blues”.
Que este pequeno incidente nos sirva, a todos, para repensar do modo como tratamos e nos referimos aos árbitros.

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2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Só um benfiquista é que pode defender as arbirtragens quando se é campeao com ajuda da APAF e da Liga é fácil!!Já se esqueceram do jgo com o estoril? Ladroes so ganham c a ajuda dos arbirtros que tudo fazem para o suposto glorioso ganhar. VERGONHA!

6:38 AM  
Blogger Zé Bandeirinha said...

isto, meus amigos, são os "fumos de marrakesh"!!

no entanto, o meu ultimo post: "venham mais três", comprova que se há árbitros exemplares como Frisk, outros há que...

11:17 AM  

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