Friday, March 09, 2007

Prémio Jean Baptiste Say

"A velha “lei da oferta e da procura” diz-nos que o preço dispara consoante o número de interessados e, sendo Quaresma um bem escasso no planeta dos extremos, é natural que o seu valor se tenha consolidado acima dos 20 milhões de euros "
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Tuesday, March 06, 2007

Crónica de uma morte anunciada...

Confirmou-se há minutos a derrota do Futebol Clube do Porto contra o multimilionário Chelsea, num jogo que fica irremediavelmente marcado pelo "frango" de Helton que possibilitou o empate dos "blues" logo a seguir ao intervalo. Bem trancado o meio campo com Cech, Lucho, Assunção e Meireles, o Porto até começou bem a partida com um logo aos 23 minutos pelo inevitável Ricardo Quaresma que aproveitou da melhor forma uma passe soberbo de Lucho. A resposta do chelsea não foi esclarecedora e tornou-se por demais evidente a falta de criatividade e de força de alguns elementos dos londrinos, em especial lampard e makelele, que nunca conseguiram assustar o estranhamente intranquilo Helton. Findados os primeiros quarenta e cinco minutos, os “dragões” sonhavam legitimamente com a presença nos quartos-de-final e Roman Abramovich saia dos seu camarote visivelmente irritado com a prestação da sua equipa que tantos milhões o obrigou a despender. Porém, muito por culpa, se podermos falar dela neste caso, do guardião azul-e-branco e da displicência defensiva portista, o Chelsea chega ao golo da vitória a escassos onze minutos do final, era a festa em Stamford Bridge e a desolação de milhares de portugueses espalhados por toda o mundo. Faltou ao porto a sorte e o treinador de 2004 ou então a garra e a vontade de vencer que caracterizou o Benfica de Ronald Koeman na liga milionária. Faltou a sorte, mas também o discernimento necessário para vencer este tipo de jogos, que normalmente se resolvem pela organização e pela vontade da equipa teoricamente mais fraca. Apesar de tudo, todos os adeptos e sócios nortenhos podem estar de consciência tranquila, sabendo que o seu clube representou o melhor que podia e sabia a sua pátria e que com pouco mais de sorte (ou menos azar) poderia ser um dos oito finalistas. Aproveito nesta semana em vos escrevo, curiosamente bem sobre um clube que não é o meu, para vos dirigir palavras sobre o estado caótico do futebol português que enfrenta a sua mais dura batalha.
Estarei a referir-me ao apuramento para o Europeu de 2008 que se mostra bastante complicado? Poderá ser o jogo entre Benfica e PSG que ditará a passagem do clube à próxima fase da taça UEFA? Não, o caso apito dourado, apesar de ser um assunto considerado banal, e comum a todos os meios de comunicação é vital para o futuro de todo o futebol português.
Vital pois é um processo que pode conduzir a uma transparência e a uma mudança radical de quem dirige o futebol profissional, os casos conhecidos de corrupção ou de má gestão são gritantes, e demonstram a total descoordenação de todo o apelidado “sistema”. È preciso uma verdadeira razia de norte a sul, uma limpeza total, (ou quase) de todos os dirigentes que usam e abusam dos recursos dos clubes para satisfazer as suas necessidades pessoais.
Apesar de ser uma apaixonado pela modalidade, não posso subscrever certos comportamentos, certas atitudes, certas acções típicas que caracterizam o mundo (negro) do futebol.
Se é preciso que a selecção, o Benfica ou o Porto percam para existir essa limpeza, então eu apoio! Não podemos deixar que esta situação caótica perpetue sob pena de um dia chegarmos à conclusão que o futebol faliu.

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