Saturday, December 30, 2006

Ano novo, vida nova?

No virar do ano de 2006, que no plano desportivo irá ser recordado pela magistral cabeçada de Zidane a Materrazzi ou pelo abandono de um dos maiores nomes da formula 1 Michael Schumacher, não irei fazer a retrospectiva que é costume fazer em todas as revistas, jornais, blocos informativos e blogues de qualidade.
Mais do que relembrar 2006, a mim como adepto do Sport Lisboa e Benfica não ficam grandes memórias exceptuando talvez o magnifíco jogo em Anfiel road, tenho que dizer algo sobre o foclore que agora se inicia e promete prolongar pelo menos até dia 31 de Janeiro.
O que se passa é simples, mal o mercado se aproxima da sua reabertura começam a chover noticias de potenciais reforços que nunca passam de especulação mediática. Eu, muito por culpa das desilusões que se foram sucedendo nos ultimos três anos já deixei de acreditar nos escaparates que anunciam Maxi Lopez, Tomasson, Robinho...Lisandro Lopez, entre outros.
Este ano não parece ser diferente dos anteriores, ainda hoje é dia 30 de Dezembro já a imprensa avançou com os nomes de Sosa, Mattos, Nilmar e Cardozo.
É sem dúvida preocupante os sinais de instabilidade que este benfica apresenta, sejamos realistas: neste momento encontra-se a 8 pontos do líder Porto (que me parece bem de mais para desarmar a luta pelo titulo) e já vários jogadores manifestaram vontade de sair, encontrando-se insatisfeitos pela condição de supelente. Isto só demonstra uma falta de pulso tremenda por parte do treinador Fernando Santos que na minha modesta opinião não é capaz de se mostrar competente para levar a bom porto tamanho desafio.



Mais do que esta pequena amostra de péssima escrita (e feito há pressa) ficam os meus votos de um bom 2007

Friday, December 15, 2006

Eu, Carolina


Como tinha prometido a mim mesmo, em Dezembro regressaria para mais um exercicio de flagelação intelectual. A minha agenda, sobrecarregada, tem sido um entrave para o meu contributo no blogue. Se bem que era, e é, uma coisa que me dá um inquestionável prazer, tenho que assumir que a preguiça supera qualquer vontade de escrever mais regularmente.
Penso que tudo, é perecível; nasce, cresce, e naturalmente morre. Neste exacto momento em que vos escrevo, o show-de-bola, está ligado a uma máquina.

Penso porém, que a situação calamitosa do futebol português que conheceu novos e interessantes capitulos esta semana, merece a minha atenção. Começo por dizer, que os acontecimentos desencadeados pelo dito "Livro" de Carolina Salgado ex-companheira daquele que alguns classificam de "Papa" português são a confirmação do que todos nós já desconfiavamos há muito.
Se por um lado a credibilidade de uma mulher traida, abandonada e com um passado (usando um eufemismo) duvidoso é quase zero, o que é descrito no futuro best-seller Eu, Carolina é por demais grave para não ser investigado e levado a tribunal.
As acusações feitas pela ex-stripper a Pinto da Costa são a prova como o futebol está completamente disvirtuado, corrompido. Mais, o presidente do Porto é só a ponta de um giganteco iceberg de corrupção activa e passiva que assola as instituições desportivas, camarárias, empresariais do nosso país.É por de mais gritante, a actuação da "santissima trindade" que teima em minar o desenvolvimento social e economico português. Falo do triumvirato composto por autarcas, construtores civís e dirigentes desportivos que lançam ávidamente os seus tentaculos em todas as areas, destruindo, estragando, estagnando tudo de bom que há "neste cantinho à beira-mar plantado". Esta estrutura corrompida que se instituicionalizou na sociedade portuguesa, é uma mascara, uma fachada por onde se escondem verdadeiros criminosos que usam a modalidade para atingir fins pessoais.


Outra questão que me é necessaria abordar é a excessiva mediatização do futebol já que é um negócio que contribui muito pouco para o nosso PIB. È certo que anda nas bocas do mundo, toda a gente comenta, toda gente fala, toda a gente liga para foruns de discussão mas os estádios continuam vazios, os clubes atravessam graves dificuldades financeiras, o futebol praticado continua a baixo de outros campeonatos, alguns dos nossos melhores jogadores partem para a Roménia para jogar em clubes de meia da tabela.
Há, portanto, algo de mal no futebol português. Algo que as boas prestações das equipas nacionais nas competições internacionais vão escondendo; se por um lado este processo do apito dourado não resolverá todos os problemas, pode ser visto como um exemplo cabal, como um vento da mudança, que trará transparência e honestidade a um negócio e um desporto que toca a uma vasta legião de entusiasticos fãns.



Frase da Semana: "gosto muito do futebol clube do Porto, mas gosto mais da verdade desportiva" Miguel Sousa Tavares

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